terça-feira, 14 de junho de 2011

Atualizando dados...

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Há tempos não descarrego os meus pensamentos, tanto aconteceu, junho chegou, maio passou e nada se contou. Teve tempo de começar, acabar e começar de novo, foi tempo de tempestades e confusões e de tantas outras decepções.

Tudo começou quando achei que podia amar de novo, quando mais uma vez fiz a besteira de apostar em moeda perdida, acreditando que sentimentos e pessoas são capazes de controlar, quando na verdade certas coisas não irão mudar. “A gente só faz o futuro quando resolve o passado” parece desculpa, mas esse coração sem coração alimentava remorsos, tinha a iludida sensação que as complicações presente vinham de um passado mal resolvido. Mas os dias só diziam o quanto estávamos consumados, ainda que esforçados, a verdade estava ali, juntos, mas separados. Não sendo preciso muito para terminar, mas levando muito junto com o fim, deixando apenas um repúdio e a decepção de mais uma tentativa desvairada. Mas todo fim precede um começo, nesse caso, não o começo de uma estória, mas de uma liberdade de espírito, totalmente despregada de pensamentos, alada. Trazendo nas costas as experiências de um coração sapiente, muitas vezes vagabundo e inocente, que não se cansa da sua idiota profissão.

Com alguns rascunhos de uma história antiga, um roteiro não terminado, com todos os elementos circunstanciais mais com seu protagonista sendo raptado por um adjuvante. Que interrompeu a fábula e deixou a peça fora do cartaz, mas que volta e meia torna a ser exibida na minha mente. Tirando a fábula, meros contos casuais, circunstanciais sem enredo suficiente para virar novela. Ando vivendo um conto em específico, mas dessa vez me reservo à personagem, cansei de ser narrador e perder todos os elementos, prefiro lançar-me aos cuidados do meu par. Um bem que se conecta através de energias, que dispensa diálogos ou cortejos, que se une por cinestesia. É o dobro de todas as minhas qualidades, diferente do meu histórico recente, é calmo e inteligente.

Concertezamente me encontro em um mar aberto e calmo, concertando algumas feridas de frustrações passadas, tentando me livrar de um certo fantasma, tentando ser um personagem agradável neste conto. Ainda que sem planos de transformá-lo em novela, me envolvo nessa história, fazendo com que cada encontro seja feliz, até porque não se sabe qual deles será o fim.